sábado, 21 de março de 2009

QUALIDADE DE VIDA. O SEGREDO DA JUVENTUDE

2006-01-08

QUALIDADE DE VIDA. O SEGREDO DA JUVENTUDE

O DR. Ulrich Strung no seu livro “ Para sempre jovem – A chave do êxito”, define três técnicas, a saber: exercícios físicos; alimentação saudável e pensamentos positivos, como o segredo da juventude e da preservação, no tempo, do capital de saúde com que nascemos.

O segredo da longevidade das pessoas, nossas conhecidas, que hoje têm mais de 85 anos, portanto nascidos nos anos 20 do século passado, tem por base o seu capital de saúde, à nascença e o seu estilo e hábitos de vida.

A alimentação racional que praticavam assentava em produtos da época e na dieta mediterrânica, era pouco abundante, devido à situação de pobreza da população e consequente baixo poder de compra, e ainda devido à existência de um mercado precário de produtos alimentares e outros.

Os hábitos e a economia de subsistência em que se integravam, nos campos, levava-os a realizarem, quotidianamente, um esforço físico, muitas vezes violento, e a grandes deslocações em, muitos casos, superiores a 20 km. Para pagar impostos e ir à feira, vender ou comprar produtos, deslocavam-se à sede do concelho e, para tal, faziam mais de 30 km.

Tinham como suporte espiritual e de meditação positiva, as várias formas de prática religiosa (rezar, missas, procissões, etc.)

Hoje praticamos uma alimentação fora da dieta mediterrânica tradicional, recorremos ao fast food, cuidamos mal o lanche escolar das nossas crianças, bebemos sumos e outras bebidas importadas, retirámos a refeição de um ritual familiar, comemos à pressa. Temos uma alimentação pouco variada, excessiva e nada racional, ou seja não ajustada ao tipo de trabalho que cada um desenvolve: um operário consome uma refeição tipo com uma quantidade calorias igual à do burocrata.

Os hábitos e o estilo de vida que levamos não nos deixam tempo para a meditação, pois o tempo passado no emprego e nas deslocações, a publicidade, a televisão e os restantes media não nos dão o espaço suficiente para nós, para leituras, e para uma meditação e pensamentos positivos, os tais que nos alimentam a alma e nos afagam o ego.

É estilo de vida dita”moderna” que vai degradando, de forma erosiva e constante o nosso capital de saúde, nos carrega de ansiedade e que, infelizmente, nos pode conduzir ao consumo excessivo de medicamentos os quais nos provocam habituação e abrem o caminho da roda-viva de um ciclo vicioso de libertação difícil.

Há, ainda, a fuga para frente no álcool, no tabaco (a revista única do expresso, de 2005-11-12 regista que, em 2003, morreram 3100 portugueses de cancro do pulmão, traqueia e brônquios) e noutras substâncias, como forma de afogarmos os nossos problemas e perspectivas condicionadas, por um modo de vida que nos afastou do ritmo da natureza.

A diversão nocturna é também uma solução que a juventude recorre para explorar o prazer imediato que, como eles próprios sabem, prejudica a sua qualidade de vida e o seu bem-estar, a curto prazo.

Diz – se, também, no livro atrás referido que o ser humano começa a decair a partir dos 30 anos, mas que podemos contrariar esse processo de degradação genética se exercitarmos os nossos músculos, o nosso cérebro, com base no exercício físico quotidiano, na alimentação saudável e racional, em longos períodos de meditação, e no conforto espiritual e transcendental (alimentação da alma).

Então! Qual é a solução para garantir mais qualidade de vida, bem-estar e mais saúde? É preciso cumprir estes princípios básicos e aproximar o nosso ritmo do da natureza. Assim, gozaremos o prazer de viver, no trabalho, na escola, na família e na sociedade. Os maus hábitos alimentares, os estilos de vida pouco saudáveis retiram-nos a satisfação de estar connosco e com os outros.

Se nos responsabilizarmos pelo nosso estado de saúde, ganhamos nós e ganha o país (menos despesa na cura, tratamento e reabilitação da doença) e mais produtividade e criação de riqueza, de que tanto precisamos para superar a crise económica do nosso país.

Uma cidadania pró – activa, responsável e solidária implica esta nossa preocupação colectiva, que, outros países, já praticam e até introduziram programas de incentivos para os que evidenciarem hábitos de promoção da sua própria saúde. A família é um excelente meio para a educação para a saúde, tal como a escola. Compete – nos o exercício dessa oportunidade.

No nosso quotidiano vale a pena usar o sorriso como mensagem de estar bem connosco e ainda de positividade para a vida dos outros. Desfrute o prazer de esboçar um sorriso e cumprimentar com um – bom dia – ou outra expressão de saudação todas as pessoas que encontrar na rua e no local de trabalho.

Dinamize e cultive no seu emprego o sorriso, porque não só tem mais prazer de viver e de existir como transporta para outros esse bem-estar.

Acredite, rir é o melhor remédio. Sorrir faz bem à saúde. Afaga o nosso ego e dos outros. Activa muitos músculos e irradia esperança nos outros seres humanos que são nossos parceiros, na construção de um mundo mais justo e melhor para todos.

José Marques, Administrador Hospitalar

2005-11-13

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